Setembro marca o início da migração de várias aves que procuram climas mais amenos para passar o inverno. Estas aves, muitas vezes, viajam milhares de quilómetros, enfrentando inúmeros desafios pelo caminho.
Andorinha-das-chaminés
- Nome Popular: Andorinha-das-chaminés
- Nome científico: Hirundo rustica
- Origem: Europa e Ásia
- Habitat: Zonas abertas, campos, prados e áreas urbanas
- Peso: Aproximadamente 20 gramas
A andorinha-das-chaminés é uma pequena ave migratória conhecida pela sua elegante silhueta e pela sua capacidade de voo ágil. Caracteriza-se pelo seu corpo esbelto, asas longas e pontiagudas e uma cauda bifurcada distintiva. A sua plumagem é principalmente azul-escuro metálico na parte superior, com uma garganta e peito de cor vermelho-tijolo e uma barriga de cor clara.
Esta ave é frequentemente associada à proximidade humana, construindo os seus ninhos em estruturas como chaminés, beirais e celeiros. Durante a migração, a andorinha-das-chaminés viaja grandes distâncias entre a Europa e África. Alimenta-se principalmente de insetos, que apanha em pleno voo. A sua presença é muitas vezes associada à chegada da primavera em muitos países europeus.
Curiosidades
Fidelidade ao local de nidificação: Uma vez que escolhem um local para nidificar, as andorinhas-das-chaminés tendem a retornar ao mesmo local ano após ano, demonstrando uma incrível fidelidade ao sítio de nidificação.
Vida social: Estas aves são extremamente sociais e muitas vezes formam grandes bandos, especialmente durante a migração. Esta natureza gregária ajuda-as a proteger-se de predadores e a localizar fontes de alimento.
Longevidade: Apesar do seu tamanho pequeno e dos desafios da migração, a andorinha-das-chaminés pode viver até 11 anos, o que é notável para uma ave deste tamanho.
Pisco-de-peito-azul
- Nome Popular: Pisco-de-peito-azul
- Nome científico: Luscinia svecica
- Origem: Norte da Europa e Ásia
- Habitat: Margens de rios, lagos e zonas húmidas
- Peso: Aproximadamente 16-20 gramas

O Pisco-de-peito-azul é uma pequena ave canora que se destaca pela sua vibrante plumagem azul no peito e face, contrastando com tons de laranja e branco. Esta ave habita principalmente margens de rios, lagos e zonas húmidas, onde se alimenta de pequenos insetos e aranhas.
Durante a migração, viaja entre os seus locais de reprodução no norte da Europa e os seus locais de invernada no sul da Europa e norte de África.
Curiosidades
Canto noturno: Embora seja mais ativo durante o dia, o Pisco-de-peito-azul é conhecido por cantar também à noite, especialmente durante a época de acasalamento.
Mimetismo: Os juvenis do Pisco-de-peito-azul têm uma plumagem mais discreta, o que os ajuda a camuflar-se entre a vegetação e a evitar predadores.
Ninhos no chão: Ao contrário de muitas outras aves, o Pisco-de-peito-azul prefere construir o seu ninho no chão, escondido entre a vegetação densa, protegendo assim os seus ovos e crias de predadores aéreos.
Cegonha-branca
- Nome Popular: Cegonha-branca
- Nome científico: Ciconia ciconia
- Origem: Europa, Ásia e Norte de África
- Habitat: Zonas húmidas, campos abertos e áreas agrícolas
- Peso: 2,3 a 4,5 kg

A cegonha-branca é uma grande ave pernalta, facilmente reconhecível pelo seu corpo branco, asas pretas e longas pernas e bico vermelhos. É frequentemente vista em zonas húmidas, campos abertos e áreas agrícolas, onde se alimenta de uma variedade de pequenos animais.
Esta ave é conhecida pelas suas migrações impressionantes entre a Europa e a África, bem como pela sua tendência de construir ninhos grandes e visíveis no topo de edifícios, árvores e postes.
Curiosidades
Símbolo de boa sorte: Em muitas culturas, a cegonha-branca é vista como um símbolo de boa sorte e prosperidade. A sua chegada é frequentemente associada à primavera e ao renascimento.
Mensageira de bebés: Existe uma antiga lenda europeia que diz que as cegonhas-brancas trazem bebés. Esta crença popular deu origem à história frequentemente contada às crianças sobre como os bebés são “entregues” por cegonhas.
Comunicação através do bico: As cegonhas-brancas não têm cordas vocais para produzir sons como outras aves. Em vez disso, comunicam-se batendo os seus bicos num comportamento chamado “clattering”. Este som é amplificado pelo seu grande bico e pode ser ouvido a grandes distâncias.
Conclusão
As aves migratórias são testemunhas vivas da incrível resiliência e adaptabilidade da natureza. Com viagens que abrangem milhares de quilómetros, enfrentando desafios climáticos, geográficos e predatórios, estas aves exemplificam a tenacidade e a maravilha do mundo natural. A sua migração não é apenas um fenómeno biológico, mas também um espetáculo que inspira admiração e respeito. Elas lembram-nos da interconexão dos ecossistemas globais e da importância de conservar e proteger os habitats naturais para garantir a sobrevivência e prosperidade destes viajantes alados.