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Microchip Para Cães e Gatos: Identificação Que Salva Vidas

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Repor

Todos os dias, cães e gatos perdem-se das suas famílias por portas que ficaram abertas, sustos inesperados, ou fugas repentinas. Muitos são encontrados por desconhecidos, levados para canis ou clínicas — mas sem uma forma clara de identificação, muitos nunca regressam a casa. É aqui que o microchip faz toda a diferença.

Este pequeno dispositivo pode parecer insignificante, mas é uma ferramenta poderosa para garantir que cães e gatos estejam sempre ligados aos seus tutores, mesmo nos piores cenários. Além disso, é obrigatório por lei em Portugal, tanto para cães como para gatos.

Neste artigo, explicamos tudo o que precisa de saber: o que é, como funciona, como é colocado, e porque é essencial — seja o seu companheiro um cão de grande porte ou um pequeno gato de apartamento.

O que é o microchip?

O microchip é um dispositivo eletrónico do tamanho de um grão de arroz, colocado sob a pele do animal, geralmente na zona lateral esquerda do pescoço. Contém um número único de 15 dígitos, que é lido por um scanner próprio.

Esse número fica associado aos dados do tutor e do animal no SIAC – Sistema de Informação de Animais de Companhia, uma base de dados nacional acedida por veterinários, centros de recolha, autoridades policiais e serviços municipais.

É obrigatório em Portugal?

Sim. Desde 2019, com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 82/2019, é obrigatório identificar com microchip todos os cães, gatos e furões com idade superior a 120 dias (4 meses), e registar esses dados no SIAC.

O incumprimento pode resultar em coimas, além de impedir o acesso a certos serviços, como vacinação, viagens ao estrangeiro ou adoção responsável.

Para cães:

  • Obrigatório por lei
  • Essencial para vacinas como a da raiva
  • Necessário para emitir passaporte e registo em juntas de freguesia

Para gatos:

  • Também obrigatório desde 2019
  • Muitos tutores desconhecem esta obrigação legal
  • Garante segurança mesmo para gatos que vivem exclusivamente em casa, já que fugas acontecem
microchip gato

Como é feito o procedimento?

A colocação do microchip é feita por um veterinário, num processo rápido e praticamente indolor. Em poucos minutos, o animal está identificado para toda a vida.

Etapas do procedimento:

  1. O animal é posicionado, geralmente em pé ou deitado.
  2. O microchip é inserido com uma seringa estéril no tecido subcutâneo.
  3. O número é lido com um leitor (scanner).
  4. Os dados do tutor e do animal são inseridos no SIAC (Sistema de Informação de Animais de Companhia).
  5. O tutor recebe um comprovativo com o número do chip e o registo oficial.

Não é necessária anestesia e o microchip dura a vida toda, sem manutenção ou substituição.

Para que serve o microchip?

O microchip é uma forma de identificação permanente. Ao contrário das coleiras com chapas, que se podem perder ou retirar, o chip está sempre presente.

Vantagens reais:

  • Permite recuperar cães e gatos perdidos ou roubados
  • Ajuda a combater o abandono (o tutor fica legalmente associado ao animal)
  • É obrigatório para viagens internacionais
  • Necessário para acesso a vacinação, inscrição em juntas, licenças e passaportes
  • Facilita a adoção responsável
  • Útil em clínicas, hotéis e pet shops com leitura de chip
Microchip Para Cães e Gatos: Identificação Que Salva Vidas

O que fazer se mudar de casa ou número de telefone?

É essencial manter os dados atualizados no SIAC. Se mudar de morada, telefone ou e-mail, ou se ceder o animal a outra pessoa, deve contactar o veterinário ou fazer a alteração online (através de plataforma autorizada). Um chip desatualizado pode impedir que reencontrem o tutor se o animal for encontrado.

E se o animal desaparecer?

Se o seu cão ou gato desaparecer, deve comunicar o desaparecimento no SIAC, através do seu veterinário ou de uma entidade autorizada. Assim, caso seja recolhido por uma clínica, canil municipal ou cidadão, o chip será lido e será contactado diretamente.

Este processo acelera significativamente o reencontro entre animal e tutor. De facto, a probabilidade de reencontro com chip é mais de 50% superior do que sem qualquer identificação.

É só para animais que andam na rua?

Não. Muitos tutores de gatos acreditam que, por estes não saírem de casa, não precisam de microchip. No entanto, fugas acidentais acontecem, mesmo com gatos domésticos. Bastam segundos: uma janela aberta, um barulho que assusta, uma porta que não fecha bem.

Ter microchip é essencial para todos os animais, mesmo os que vivem exclusivamente em interiores, pois a perda ou fuga é sempre uma possibilidade.

veterinário

O chip substitui a coleira?

Não. O microchip deve ser complementado com coleira e chapa identificadora, sempre que possível. A coleira permite que qualquer pessoa possa identificar o animal rapidamente. Mas se a coleira se perder, o chip garante uma identificação segura e permanente.

O ideal é que o animal:

  • Tenha microchip legalmente registado no SIAC
  • Use coleira com identificação visível
  • Tenha os dados do tutor atualizados

O microchip causa dor ou efeitos secundários?

A colocação do microchip é semelhante a uma vacinação, e o desconforto é mínimo. Complicações são extremamente raras. O material é biocompatível, ou seja, não é rejeitado pelo corpo. Depois de colocado, o chip não interfere na saúde nem no comportamento do animal.

Quanto custa?

O custo da colocação do microchip em Portugal varia entre os 20€ e 40€, incluindo o registo no SIAC. É um investimento único, válido para toda a vida do animal. Algumas câmaras municipais oferecem campanhas gratuitas ou com preços reduzidos — vale a pena estar atento.

Conclusão

O microchip é uma medida simples e acessível que pode mudar completamente o destino de um cão ou gato. Para além de ser uma exigência legal, é um verdadeiro seguro de proteção e um gesto de respeito pela vida do animal.

Perder um companheiro é angustiante — mas reencontrá-lo é possível, e o microchip é muitas vezes o elo que torna isso realidade. Seja cão ou gato, de rua ou de apartamento, jovem ou sénior, todos os animais beneficiam com a identificação por microchip.

Se ainda não colocou, fale com o seu veterinário. Se já colocou, verifique se os seus dados estão atualizados. Porque amar é também proteger.

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